Chennai Mylapore: Tour a Pé por Templos, Basílica e Café Filter

4.98

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Como é a experiência?

Já estávamos desviando de scooters e vendedores de flores quando nosso guia, Arjun, nos chamou perto do Templo Kapaleeshwarar. O cheiro de jasmim chegou antes da visão — guirlandas por todo lado, mulheres com saris coloridos trançando-as com mãos ágeis. Dentro do templo, o ar estava carregado de incenso e um aroma terroso (talvez sândalo?). Arjun tentou explicar por que existem tantos deuses hindus — confesso que perdi a conta, mas as histórias dele tornaram tudo mais fácil de entender. Ele apontou um sacerdote que jogava água em uma estátua de pedra e falou sobre rituais para prosperidade. Pensei comigo: esse lugar é barulhento, mas ao mesmo tempo traz uma paz estranha.

Depois, seguimos por vielas estreitas até o Ramakrishna Math. O silêncio ali era quase demais depois da agitação do templo. Nosso guia contou como Ramakrishna acreditava que todas as religiões levam à mesma verdade. Teve um momento em que um senhor de branco sorriu para a gente ao passar; não disse nada, mas parecia entender por que estávamos ali (ou talvez só gostasse de turistas). Em seguida, visitamos o templo Jain Vasupujya Swami — com pisos de mármore e sombras fresquinhas. Tentei sussurrar “Namaste”, mas acho que errei a pronúncia; Arjun sorriu e disse que o que importa é a intenção.

A Basílica de San Thome parecia outro mundo — tetos altos, vitrais captando o sol da tarde, e as relíquias de São Tomé atrás do vidro (um pequeno osso, até a ponta da lança). O silêncio lá dentro me fez baixar a voz sem pensar. Alguém acendeu uma vela perto e por um instante o cheiro de cera dominou tudo. Terminamos em uma cafeteria minúscula, com copos de aço cheios do café filter — forte, doce, com aquele gosto reconfortante de chicória. Até hoje lembro do primeiro gole quando a cidade fica barulhenta demais na minha cabeça.