Kochi: Passeio Privado de Tuk Tuk em Fort Kochi e Mattancherry com Pickup

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Como é a experiência?

A primeira coisa que lembro é do motorista — Shaji — acenando para nós do outro lado da rua, sorrindo como se já fôssemos amigos de longa data. Ele gritou “Namaskaram!” enquanto a gente entrava apertado no tuk tuk verde dele, bem na frente do nosso hotel em Fort Kochi. Eu nunca tinha andado de tuk tuk de verdade, e o jeito que ele sacudia ao passar pelos paralelepípedos me fez rir. Shaji apontou para um grupo de homens puxando uma daquelas redes chinesas de pesca na Praça Vasco da Gama — ele disse que fazem isso há séculos, mas, pra mim, parecia só um trabalho duro. O ar tinha cheiro de sal, peixe frito e um doce que eu não conseguia identificar.

Depois, seguimos para Mattancherry, onde Shaji insistiu que experimentássemos água de coco fresca numa barraca (ele disse que era “a única forma real” de enfrentar o calor). Jew Town estava mais silenciosa do que eu esperava — portas azuis, placas desbotadas em hebraico, um gato dormindo em uma scooter. Dentro da Sinagoga Paradesi, o piso de azulejos era fresco sob meus pés e o silêncio fazia a gente desacelerar. Shaji ficou do lado de fora conversando com um senhor que vendia especiarias; parece que todo mundo se conhece por ali. Tentei agradecer em malaiala quando saímos — Shaji riu tanto que quase bateu o tuk tuk numa banca de frutas.

Não esperava sentir tanta coisa só caminhando pela Princess Street ou parado na Igreja de São Francisco, onde fica a lápide de Vasco da Gama (ok, os ossos não estão mais lá, mas ainda assim). O Cemitério Holandês tinha uma paz estranha — só os pássaros e aquele silêncio pesado que só se sente perto de pedras antigas. Quando chegamos à Basílica da Catedral de Santa Cruz, a luz do sol passava pelos vitrais e me fez perceber quantas camadas essa cidade tem. É engraçado como meio dia pode parecer uma história inteira — acho que é isso que acontece quando você deixa um local te mostrar sua cidade.