Bali: Tour das Cachoeiras Munduk, Banyumala e Leke Leke com Almoço

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Como é a experiência?

A primeira coisa que lembro é a névoa fresca batendo no meu rosto quando chegamos na Cachoeira Munduk. O barulho é maior do que você imagina — parece que o som preenche o peito. Nosso guia, Wayan, sorriu e me entregou um lenço úmido (eu já estava encharcado) e apontou as pequenas flores vermelhas que cresciam à beira do caminho. O ar tinha um cheiro terroso, uma mistura de musgo com café das plantações próximas. Mergulhei os pés na água — mais fria do que eu esperava, mas perfeita depois da subida de carro desde Ubud.

A próxima parada foi a Cachoeira Gêmea Banyumala, e, sinceramente, não estava preparado para a água tão cristalina. Dá para ver cada pedra no fundo daquela piscina ampla — Wayan brincou que era “o verdadeiro spa de Bali”. Nadamos um pouco (a correnteza é mais forte perto da queda), depois só flutuamos, ouvindo só o som da água e alguns pássaros no alto. O almoço veio depois — um simples nasi campur num warung pequeno onde todo mundo parecia conhecer o Wayan pelo nome. O sambal era tão picante que me fez tossir e rir de mim mesmo.

A Cachoeira Leke Leke tinha um clima diferente — mais silenciosa, talvez porque quase não tinha gente por lá. A trilha para descer estava escorregadia em alguns trechos (quase caí uma vez; o Wayan segurou meu braço e disse, “Bem-vindo à academia da selva!”). A cachoeira fica escondida entre penhascos tão verdes que parecem brilhar. Ficar embaixo dela foi como entrar numa história antiga — não sei explicar de outra forma. E depois a Banyu Wana Amertha: quatro quedas separadas atrás de pontes de bambu e arbustos vibrantes. Cada uma tinha seu próprio som; eu não parava de pensar como queria que meu pai pudesse ver aquele lugar.

No fim da tarde, voltando pelo caminho das plantações de arroz perto de Jatiluwih, observei a luz mudando sobre os campos e pensei em como a gente se sente pequeno aqui — de um jeito bom. Tem algo em correr atrás de cachoeiras em Bali que faz você esquecer do celular por horas. Até hoje, lembro daquela água gelada em Munduk sempre que preciso clarear a mente.