Ilhas Gili: Aula de Culinária Indonésia com Chefs Locais

4.95

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Como é a experiência?

“Se seu kelopon estourar, é sinal de sorte hoje!” Foi o que a Eka me disse enquanto me entregava uma bolinha grudenta de massa, com as mãos mexendo bem mais rápido que as minhas. Acabávamos de começar nossa aula de culinária em Gili — eu, dois australianos e um casal holandês que não parava de brincar sobre sua “tolerância a pimenta”. A cozinha era aberta para a rua, dava pra ouvir as scooters passando e sentir o cheiro de cigarro de cravo misturado com a cebola fritando. Não esperava que fosse tão tranquilo assim. Talvez seja o ar da ilha.

A Eka nos ensinou a enrolar as bolinhas verdes de farinha de arroz (kelopon) recheadas com açúcar de palma — ela riu quando tentei falar “gula merah” direito. Acho que estraguei a pronúncia. Teve muita risada, principalmente quando alguém deixou cair uma bolinha direto no molho de amendoim em vez da água fervente. O tempeh frito chiava tão alto que tive que me inclinar pra ouvir a Eka explicar por que o amendoim de Lombok é mais doce que o que conhecemos. Ela também contou sobre tradições de casamento Sasak enquanto esperávamos as macarrões fritarem — não imaginei aprender sobre costumes matrimoniais numa aula de culinária na Indonésia, mas foi exatamente isso.

Você escolhe entre três opções de curso — eu fui no “Four of a Kind”, que tem quatro pratos em duas horas (pareceu ideal pra um almoço, sem exagero). Eles são super flexíveis com veganos e vegetarianos; um rapaz trocou o frango por tofu sem problema. Água sempre disponível, o que ajudava porque perto das panelas o calor apertava. No final, sentamos todos numa mesa comprida — comendo o que preparamos, comparando quem fez o melhor curry (o meu foi só ok). A luz do fim de tarde ficava dourada e, sinceramente, até hoje penso naquele molho de amendoim. Sabe como é?