Dublin para Kilkenny, Wicklow e Glendalough: Fazenda de Ovelhas, Castelo e Caminhada

4.87

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Como é a experiência?

Já imaginou como é estar em Kilkenny sentindo o cheiro de scones fresquinhos saindo de uma padaria na esquina? Saímos cedo de Dublin — com três pontos de encontro, nada de correria — e a guia Maeve tinha uma história para cada rua que passávamos. Não esperava rir sobre corridas de cavalos irlandesas antes das 9 da manhã, mas aconteceu. A viagem por Kildare foi um mar de campos ondulados e cavalos abanando o rabo na névoa. Dá até para sentir o orvalho no ar, sabe?

Kilkenny me surpreendeu. Tem algo especial naquelaquelas ruas de paralelepípedo — talvez o jeito que a luz do sol reflete nas paredes do castelo ou como as pessoas acenam pra você como se fosse da cidade. A Maeve fez um tour a pé (opcional, mas vale muito a pena) por vielas que parecem segredos e oficinas de ourives trabalhando ao vivo. Tentei falar “Butler House” com sotaque irlandês; ganhei umas risadas dos locais. Tem cafés artesanais por toda parte — se puder, experimente algo com geleia de groselha preta.

Depois subimos para as Montanhas Wicklow. O vento no topo do Gap era tão cortante que me acordou na hora — meu cabelo até hoje não perdoa. Aí veio minha parte favorita: a fazenda de ovelhas. Ver os collies correndo pelo campo molhado enquanto o pastor assobiava foi mágico — juro que podia ficar lá a tarde toda. Ele respondeu todas as perguntas (“Como treinam esses cães?”) e não se importou quando alguns só queriam fazer carinho nos cordeiros.

Glendalough foi mais silenciosa do que eu esperava — um silêncio respeitoso sobre pedras antigas e torres redondas onde São Kevin já andou (Maeve tinha histórias para contar por horas). O lago estava calmo e parecia gelado; fiquei um instante só ouvindo os pássaros e pensando em quantos pés já passaram por ali desde 600 d.C. Às vezes viajar é barulho e movimento, mas ali era só... paz. Difícil explicar, mas não sai da minha cabeça.