Islândia Sul: Passeio de Quad nas Areias de Lava Negra com Vista para Glaciar

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Como é a experiência?

“Se você ver ovelhas na areia, só buzine — elas são teimosas,” sorriu nosso guia Jón, enquanto me entregava um capacete que cheirava a lã e ar gelado. Tentei ajeitar a balaclava (nunca tinha usado uma) e disfarçar o nervosismo. O acampamento ficava sob um céu estranho, meio azul, meio ameaçando chuva, bem na beira do glaciar Mýrdalsjökull. Parecia que estávamos prestes a entrar numa saga islandesa.

Começamos devagar, cruzando rios rasos onde a água batia nas minhas botas e fazia o quad balançar mais do que eu esperava. A areia negra era mais macia do que parecia, quase como passar por cima de borra de café compactada. Jón não parava de apontar coisas — “Isso é obra da Katla,” dizia sobre a extensa faixa de areia escura, e depois falava de trolls que vivem nas montanhas (acho que ele estava brincando). Quando paramos na costa, senti o cheiro de sal e algo meio metálico no vento. Olhando para o glaciar lá no alto, com Dyrhólaey aparecendo ao longe... é difícil explicar. Dedos gelados, o motor quente roncando sob mim, só parado ali por um instante.

Não esperava me importar tanto com um avião velho abandonado, mas vê-lo meio enterrado naquela imensidão era estranho — quase assustador. Revezamos na direção; meu parceiro riu quando eu travei tentando trocar de motorista (“Não é igual dirigir em casa!”). No caminho de volta, seguimos a beira da montanha, o que me fez sentir pequeno, mas também meio corajoso? E sim, esqueci a câmera na metade do passeio porque às vezes só dá vontade de ficar olhando mesmo.