Capri: Passeio Privado de Gozzo com Grutas e Faraglioni

4.64

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Como é a experiência?

Eu não esperava que a água ao redor de Capri fosse tão verde — parecia brilhar, como se alguém tivesse derramado tinta esmeralda no mar. Entramos naquele barco Gozzo clássico na Marina Grande, só eu, meu parceiro e o Salvatore (nosso skipper, que nos recebeu com um sorriso e um “Pronti?”). O motor era mais silencioso do que imaginei. Dá para ouvir as gaivotas e o leve bater das ondas no casco enquanto deixávamos a multidão para trás. O sol brilhava, mas uma brisa salgada mantinha tudo fresquinho, sem aquela sensação pegajosa.

A primeira parada foi na Gruta Verde. O Salvatore desacelerou e mostrou como a luz do sol refletia na água — ele explicou que tudo é por causa de umas algas especiais lá embaixo. Ele deixou a gente pular para nadar (no começo gelado, depois perfeito), e juro que senti gosto de sal na boca por horas. Meu parceiro tentou falar “Grotta Verde” em italiano; o Salvatore riu e corrigiu com carinho. Foi ótimo não ter pressa. Passamos pertinho dos famosos Faraglioni — sempre imaginei que fossem maiores, mas de perto são meio estranhos e lindos ao mesmo tempo. Tinha alguns barcos por perto, mas o clima era tranquilo, só um casal mais velho acenando de outro Gozzo.

Também passamos pela Gruta Azul, mas o Salvatore avisou que as filas são enormes, então não paramos (pra ser sincero, só ficar flutuando por fora já valeu). Ele contou histórias de estrelas de cinema que vinham aqui às escondidas nos anos 60. Ainda deu tempo para mais um mergulho antes de voltar; deitei de costas na água olhando para os penhascos de Capri e tentei guardar o cheiro daquele lugar — protetor solar, spray do mar, talvez limões de algum lugar do interior? Até hoje lembro desse cenário quando estou preso no metrô.