Chianti: Aula de Culinária na Fazenda com Almoço e Vista para Vinhedos

4.98

(164 avaliações)

Como é a experiência?

“Isso é açafrão?” perguntei, apontando para um monte de flores roxas enquanto caminhávamos pela neblina da manhã na fazenda no alto da colina em Chianti. Nossa anfitriã, Paola, sorriu e me entregou uma pétala para sentir o cheiro — terroso e doce, bem diferente do que eu esperava. Antes mesmo de começar a cozinhar, ela nos levou para conhecer as fileiras de oliveiras e o galinheiro onde as galinhas faziam seu próprio barulho. O ar estava fresco, mas suave, e, sinceramente, parecia que eu tinha caído no fim de semana de uma família, não numa aula de culinária.

Amarramos os aventais (o meu era enorme, mas me fez rir) e logo começamos a misturar a massa para o pão schiacciata. Minhas mãos ficaram grudadas de farinha e azeite — o próprio da Paola — e ela me ensinou a modelar o tagliatelle sem rasgar. “Não se preocupe,” disse quando meus raviolis ficaram tortos, “o que importa é o sabor.” Ela tinha um jeito tão leve de ensinar que os erros viravam parte da receita. Entre um passo e outro, tomávamos um pouco do Chianti local; tinha gosto de frutas vermelhas e sol, se é que isso faz sentido. Em um momento, alguém tentou pronunciar “ricotta” direito — não deu muito certo, mas todo mundo riu junto.

A melhor parte? Comer ao ar livre, debaixo de uma árvore, com vista para os vinhedos e os olivais prateados. Pratos de massa caseira com manteiga de sálvia, ainda fumegando; torta de maçã com cobertura crocante; até as galinhas pareciam mais quietas na hora do almoço. Tudo tinha uma calma gostosa — dava para ouvir as abelhas no lavanda e, às vezes, só o vento mexendo as folhas. Não esperava me sentir tão relaxado nem tão satisfeito (em todos os sentidos), mas foi exatamente isso. Se você pensa em fazer uma aula de culinária em Chianti saindo de Florença ou Siena, esqueça aquelas cozinhas chiques da cidade — aqui é como ser convidado para algo bem pessoal.