Cinque Terre: Passeio Privado de Um Dia saindo de Florença com Vilarejos e Vista para o Mar

4.94

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me chamou atenção foi o som — gaivotas ecoando sobre a van enquanto contornávamos as encostas de mármore de Carrara. Nosso guia, Marco, apontou as marcas claras nas colinas e contou que Michelangelo veio aqui buscar pedra para suas obras. Tentei imaginar isso, mas, para ser sincero, me distraí com o vento salgado entrando pela janela entreaberta. Cheirava a pedra molhada e algo verde. A viagem de Florença é mais longa do que parece (cerca de duas horas), mas não foi cansativa — talvez porque Marco contava histórias dos verões da infância nessa costa. Ele até parou para um espresso num barzinho onde parecia que todo mundo o conhecia.

Chegar em Manarola foi como entrar num cartão-postal — só que não era silencioso nem perfeito. Tinham senhoras discutindo perto das varais e crianças correndo pelas vielas coloridas. Andamos sem pressa, sem roteiro. O mar estava mais presente ali, e eu parava toda hora só para ver a luz do sol refletindo na água entre os barcos. Almoçamos em Vernazza (até hoje lembro do pesto — forte e fresco — e do garçom revirando os olhos quando pedi pão extra). Você tem tempo para sentar ou explorar as lojinhas; ninguém fica te apressando.

Mais tarde, em Corniglia, houve um momento em que tudo desacelerou — eu encostado numa parede quente de sol, comendo um gelato, enquanto Marco conversava com um amigo sobre as tempestades do último inverno. Nem tudo é perfeito; os trens podem estar lotados ou atrasados (o nosso estava), mas isso só deixou tudo mais autêntico. O passeio de um dia saindo de Florença para Cinque Terre é assim, meio bagunçado e lindo. Na volta, cansado e com um pouco de sol na pele, percebi que quase não tinha olhado para o celular o dia todo.