Frascati: Jantar com Massa Caseira e Degustação de Vinhos saindo de Roma

4.95

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Como é a experiência?

A primeira coisa que senti ao descer do trem em Frascati foi aquele cheiro quente e doce — uma mistura de pedra antiga aquecida pelo sol com aroma de padaria. O Paolo já estava me esperando na saída da estação, acenando (e não com uma mão, mas com as duas, o que me fez rir). Caminhamos pela cidade, passando por avós conversando nos bancos e crianças correndo atrás da bola — parecia que todo mundo se conhecia. Tentei dizer “buonasera” igual ao Paolo, mas acho que soou meio estranho; ele só sorriu e seguiu andando.

A adega estava mais fresca do que eu imaginava, quase úmida ao toque. O Simone nos serviu o Frascati Superiore DOCG — explicou o significado dessas letras, mas, pra ser sincero, só lembro que tinha um sabor vibrante e marcante. Tinha tábuas de queijos e salames; o queijo tinha um toque herbáceo que eu adorei. A melhor parte foi quando colocamos aventais para começar a fazer a massa. Minhas mãos ficaram pegajosas rapidinho — ficava olhando a massa dos outros pra ver se a minha estava boa. O Simone falou: “Não se preocupe, a Nonna sempre diz que massa feia é a que fica mais gostosa.” Ele piscou pra mim. Escolhi o molho cacio e pepe porque parecia simples (mas não é).

Sentamos juntos numa mesa comprida — todos com farinha no rosto e felizes. A luz do fim de tarde ficou dourada enquanto conversávamos sobre a vida em Roma versus Frascati (o Paolo disse que nunca mudaria pra cidade). Ainda lembro do primeiro pedaço da minha massa — macia, salgada, com pimenta — e do orgulho que senti, mesmo com as formas meio tortas. Depois do jantar, descemos para a adega de vinhos. O cheiro era terroso e antigo; o Simone contou histórias do avô escondendo barris durante a guerra, mas depois se perdeu na memória, deixando só o eco da adega preencher o silêncio.