Roma: Passeio de Vespa com Sidecar, Entrada no Pantheon e Gelato

5.00

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Como é a experiência?

Já estávamos desviando do trânsito da tarde em Roma quando percebi como tudo parecia diferente visto do sidecar da Vespa — você fica mais perto do chão, sente o cheiro das carrinhas de padaria e escuta alguém discutindo (ou talvez flertando?) na frente de uma trattoria. Nosso guia, Marco, tinha um jeito especial de misturar história com fofocas — como na Piazza della Repubblica, onde apontou a fonte e contou sobre o primeiro emprego da avó dele num café ali perto. Não esperava me sentir tão parte da cidade, e não só uma turista passando.

O Coliseu meio que surge de repente quando você menos espera — um minuto estamos desviando de scooters e ônibus, no outro, aquela construção antiga aparece bem à nossa frente. Marco nos deu fones de ouvido para ouvirmos ele mesmo com o barulho do motor (e minhas risadas). Paramos para fotos na Fontana di Trevi — tentei jogar uma moeda, mas errei feio, o que fez um casal mais velho perto de nós rir muito. O Pantheon por dentro era ainda mais impressionante do que imaginei; a luz entrando pelo óculo parecia um holofote natural. A entrada estava inclusa, então não perdemos tempo na fila.

Depois seguimos para Trastevere, quando a luz dourada do fim de tarde começou a pintar tudo e o barulho da rua aumentou — crianças correndo atrás de pombos, alguém tocando acordeão perto da Piazza Navona. Teve um momento em que nosso motorista desacelerou só para a gente sentir todas as cores e cheiros: alcachofras fritas saindo de uma janela, pedra molhada depois que alguém jogou água na rua. A parada para gelato foi numa ruazinha escondida que eu jamais acharia de novo; pedi pistache, meu amigo escolheu avelã. O dono corrigiu meu italiano, mas sorriu com simpatia.

Na Praça de São Pedro, eu já queria que o passeio nunca acabasse — vento no rosto, cabelo bagunçado pelo capacete e tudo mais. É engraçado como ver Roma de Vespa com sidecar faz até os lugares que você conhece de livros parecerem novos, quase secretos. Ainda lembro daquela última vista do Gianicolo: telhados brilhando, todo mundo quieto pela primeira vez, só o Marco explicando baixinho como Garibaldi defendeu a cidade. Não sei se foi a luz ou estar ali juntos, mas ficou guardado em mim.