Sorrento: Tour na Fazenda com Degustação de Azeite e Limoncello

4.95

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Como é a experiência?

Quase tropecei em uma galinha logo no começo — pra ser sincero, estava tão encantado com as árvores de limão que nem olhava para onde pisava. O ar nessa fazenda de Sorrento tem cheiro de cítrico misturado com algo terroso, meio como feno aquecido pelo sol. Nossa guia Maria (que, pelo visto, é parente de todo mundo ali) nos chamou com uma risada e mostrou como a nonna dela ainda faz azeite à mão. Tinha um moinho de pedra antigo, meio desgastado, mas funcionando — ela nos deixou provar o azeite direto da prensa, picante e verdinho. Nunca imaginei que azeite pudesse dar aquela sensação de formigamento na língua.

Andamos entre fileiras de oliveiras e limoeiros, e Maria apontava quais árvores eram do bisavô dela. Contou histórias de colheitas que deram certo e outras nem tanto — o tio dela uma vez dormiu na plantação durante a sesta e acordou cercado de abelhas (ela jura que é verdade). A adega era fresquinha e tinha um cheiro leve de madeira antiga; o vinho tinto da casa é servido direto desses grandes jarros de vidro. Tentei perguntar sobre o processo de fermentação, mas me distraí com um prato de queijo regado a mel — essa combinação me surpreendeu de verdade.

O almoço foi ao ar livre, sob as videiras, com tudo vindo da fazenda: pão fresquinho, tomates tão doces que mal precisavam de sal, geleia caseira e até limonada feita ali mesmo. Alguém pediu bis de limoncello (não fui eu… ok, talvez eu). A sensação era mais de visitar parentes distantes do que um grupo de turistas. No fim, estávamos todos com as mãos grudadas e rindo das nossas tentativas de falar italiano — Maria só balançava a cabeça com carinho. Até hoje, toda vez que cozinho, lembro daquele primeiro gole de azeite.