Vaticano: Museus, Capela Sistina e Basílica de São Pedro sem Filas

4.65

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Como é a experiência?

Jamais vou esquecer o barulho de Roma naquela manhã — buzinas, scooters, tudo junto — e de repente estávamos dentro dos Museus do Vaticano, onde o silêncio dominava. Nossa guia, Francesca, nos fez passar direto pela fila (que parecia enorme) e logo começou a mostrar detalhes que eu jamais teria notado sozinho. O ar tinha um leve cheiro de pedra antiga e cera, meio como uma biblioteca, só que muito mais imponente. Perdi a noção do tempo admirando as estátuas romanas no Pátio do Belvedere. Francesca brincava dizendo que até os papas precisavam de um pouco de drama na decoração.

O momento mais marcante para mim foi entrar na Capela Sistina. O silêncio lá é maior do que eu esperava — todo mundo sussurra ou fica parado olhando para cima. Francesca contou que Michelangelo não queria fazer o teto no começo (achava que era só escultor), e isso deixou tudo mais humano, de alguma forma. Meu pescoço doeu de tanto olhar para cima, mas não conseguia desviar o olhar das cores — aquele azul ficou gravado na minha mente. Alguém ao meu lado deixou cair o guia e ninguém nem se mexeu; cada um estava perdido naquele mundo sob o teto.

Depois seguimos a Francesca (ela anda rápido), pulando outra fila para entrar na Basílica de São Pedro. A grandiosidade me atingiu na hora — luz entrando pelas janelas altas, turistas sussurrando orações ou tirando fotos em silêncio. Nos despedimos ali, mas fiquei um tempo perto de uma coluna só observando as pessoas entrarem e saírem. É estranho como um lugar assim faz você se sentir pequeno e sortudo ao mesmo tempo.