Agadir: Sandboard nas Dunas de Taboga e Chá Berbere com Traslado

4.97

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Como é a experiência?

Nunca imaginei que a areia pudesse ranger assim sob os pés — quase como neve fresca, só que mais quente, se é que isso faz sentido. Depois de uma hora de carro saindo de Agadir (a estrada é boa, mas tem uns solavancos), paramos numa casa de família onde nosso guia, Youssef, já nos ofereceu um copo de chá de hortelã antes mesmo de sentarmos. O vapor tinha um cheiro doce e marcante. Tentei falar “shukran” direito e ganhei um sorriso enorme da tia dele — que logo me serviu outra xícara.

O café da manhã era simples — pão achatado ainda quentinho, mel com um toque de flores silvestres, azeitonas. A casa tinha aquele jeitinho de lar; um tapete gasto perto da porta e chinelos escondidos sob o banco. Youssef nos contou sobre as dunas à frente, como os moradores vêm aqui quando querem sossego ou só para ver o encontro do mar com a areia. Não pensei que ficaria nervoso para o sandboard até ver a inclinação — parecia mais íngreme do que nas fotos.

A primeira descida é sempre desajeitada (caí duas vezes e ri mais do que devia). A areia entra em tudo — sapato, manga — mas é macia, dá pra tirar fácil e tentar de novo. Uns meninos da vila ficaram nos observando um tempo, gritando palavras de incentivo em francês e árabe. No fim da tarde, a luz ficou dourada e tudo pareceu desacelerar. Subimos para fotos no topo — venta bastante lá — e vimos o sol se pôr atrás das colinas de Taboga. Até hoje lembro daquela vista quando meus sapatos estão cheios de poeira da cidade, e não de areia.