Fes - Deserto de Merzouga: 2 Dias de Trekking de Camelo e Acampamento

4.25

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me chamou atenção foi o ar gelado em Ifrane — nada do que eu esperava do Marrocos. Nosso motorista, Youssef, riu quando me viu tremendo e apontou para os telhados dos chalés. “A Suíça do Marrocos”, disse ele. Realmente parecia algo europeu. Tomamos um café numa cafeteria onde parecia que todo mundo se conhecia, e seguimos pelo caminho entre florestas de cedro perto de Azrou. Os macacos (macacos-de-gibraltar) estavam por toda parte — um até tentou roubar meu sanduíche da mão. Isso eu não esperava.

A estrada para o sul serpenteava pelas montanhas do Médio Atlas por horas. Às vezes parecia que nunca chegaríamos a Merzouga, até que a paisagem mudou — de repente tudo dourado e silencioso. Rissani estava cheia de motos e poeira; depois disso, só espaço vazio até as primeiras dunas aparecerem. Nosso trekking de camelo começou com o sol se pondo. A areia estava fria ao toque, e havia um silêncio só quebrado pelos grunhidos suaves dos camelos e pelo guia Hassan cantando algo antigo e lento. Cavalgando em Erg Chebbi ao entardecer é uma imagem que ainda me vem à cabeça — a luz mudava a cada poucos minutos.

No acampamento, o jantar tinha um sabor defumado e doce (até hoje não descobri todos os temperos). Depois, alguns de nós tentaram tocar tambores com os berberes ao redor da fogueira — não foi muito bom, para ser sincero, mas ninguém se importou. Mais tarde, deitado na minha tenda, escutei o vento passando pelas dunas lá fora. As estrelas estavam tão brilhantes que parecia que dava para esticar a mão e pegar uma delas.