Tânger: Tour Privativo com Kasbah, Grutas de Hércules e Passeio de Camelo

4.99

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Como é a experiência?

Não esperava que a cidade tivesse cheiro de laranja e sal. A primeira coisa que lembro da nossa viagem de um dia a Tânger foi sair do carro perto do Cap Spartel — o vento estava forte, quase brincalhão, e nosso guia Youssef sorriu ao apontar para onde o Atlântico encontra o Mediterrâneo. “Em dia claro, dá pra ver a Espanha,” disse ele. Eu tentei espiar (sem sorte), mas ficar ali com o cabelo no rosto me deu uma sensação estranhamente libertadora. As falésias eram ásperas ao toque — pedra fria, aquecida só nas bordas pelo sol da manhã.

Seguimos no van (transporte privado é uma bênção aqui), parando na Villa Perdicaris para um passeio rápido — Youssef contou uma história sobre um sequestro americano que parecia metade filme, metade história real. Depois veio o passeio de camelo. Achei que seria estranho, mas, sinceramente? Foi muito divertido. Meu camelo fazia um som profundo toda vez que eu me mexia; Youssef ria e dava dicas (“Incline-se pra trás quando ele levantar!”). O ar do mar misturava um cheiro doce — talvez ervas selvagens? — e por um instante parecia que eu estava dentro do sonho de outra pessoa.

As Grutas de Hércules foram a próxima parada, ecoantes e frescas por dentro, com aquela abertura famosa em formato da África. Youssef explicou algumas lendas antigas (peguei só metade — me distraí com crianças vendendo conchas do lado de fora). Depois seguimos para a praça Grand Socco: uma bagunça animada do melhor jeito. Mulheres com lenços coloridos negociando frutas, homens tomando café e discutindo futebol. Na Kasbah, passamos por arcos e chegamos a pátios silenciosos onde parecia que histórias antigas ainda estavam grudadas nas paredes. Tentei falar “Kasbah” direito; Li riu do meu sotaque.

O Café Hafa foi nossa última parada antes de voltar ao porto — um terraço sobre águas azuis onde tomamos vários copos de chá de hortelã tão doce que até doeu o dente (valeu a pena). Tinha velhinhos jogando cartas, adolescentes paquerando discretamente nos cantos, e aquela vista infinita para o Atlântico a oeste. Ainda penso naquela luz na água às vezes — sabe quando um lugar fica grudado na memória?