Bacalar: Passeio de Stand Up Paddle ao Nascer do Sol com Café da Manhã e Fotos GoPro

4.95

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Como é a experiência?

“Você vai sentir a água despertar antes mesmo de ver o sol,” disse nosso guia Luis enquanto caminhávamos até a margem da Lagoa das Sete Cores, em Bacalar. E ele estava certo — tudo estava em silêncio, só o som de alguns pássaros e as pranchas raspando a areia. Tive um pouco de dificuldade para segurar o remo direito (Luis sorriu, sem julgar), mas, sinceramente, foi bom ser desajeitado tão cedo. O ar tinha aquele cheiro úmido e doce que só existe antes do amanhecer perto da água — uma mistura de grama com algo quase açucarado.

Remando, o céu começou a se tingir de laranja atrás de nós. Eu via pequenas ondulações seguindo minha prancha e por um instante esqueci de remar só para observar as cores mudando na lagoa. Chamam de “Lagoa das Sete Cores”, mas parecia ter muito mais — verdes deslizando para o azul, depois voltando. Chegamos numa área de manguezais onde Luis nos deixou flutuar um pouco. Ele distribuiu bolsas impermeáveis (guardei meu celular) e disse que podíamos nadar se quiséssemos. Eu nadei — a água estava fresca, mas nada gelada, e dava para sentir um leve farfalhar sob os pés, talvez conchas ou pedrinhas? Difícil dizer.

Enquanto nos refrescávamos, Luis preparou o café da manhã em sua prancha: café em canecas diferentes, torradas feitas na hora num pequeno fogareiro (com um gostinho defumado) e frutas que escorriam suco pelo meu pulso. Alguém tentou dizer “gracias” com a boca cheia; todo mundo riu. Também teve fotos com GoPro — normalmente não curto fotos em grupo, mas agora fico feliz que ele tenha insistido, porque dá para ver como estávamos felizes e sonolentos ao mesmo tempo.

Depois de comer, remamos até a Ilha dos Cocos, passando por mais pássaros do que pessoas. O sol já estava mais alto e tudo parecia mais nítido — até as sombras sob os manguezais tinham um tom mais azul. Meus braços estavam cansados, mas de um jeito bom. Não lembro o que falamos no caminho de volta; parecia que ninguém queria quebrar o encanto daquela manhã. Às vezes ainda penso naquele primeiro raio de luz tocando a água — é estranho como aquilo me deixou tão em paz por dentro.