Chichen Itza, Valladolid e Cenote: Ruínas Maias com Degustação de Comida

4.90

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Como é a experiência?

Logo de manhã, o que mais me chamou atenção foi a luz dourada batendo nas pedras de Chichen Itza — suave, com sombras que deixavam a pirâmide ainda mais imponente. Nosso guia, Luis, tinha um jeito de contar histórias que fazia a cidade antiga parecer viva de novo. Ele apontou as esculturas de Kukulkan e falou sobre a sombra da serpente no equinócio — confesso que não entendi tudo, mas a sensação era enorme. Tinha gente, claro, mas isso não importava quando você ficava ali tentando imaginar os sons daquele lugar há séculos. Tambores? Pássaros? Talvez os dois.

Confesso que estava mais ansioso pela parte da comida do que imaginava. Depois de explorar Chichen Itza, seguimos para um lugar onde cozinheiros locais já trabalhavam em fogueiras fumegantes — um cheiro de madeira queimada misturado com cítricos no ar. Nos deram pequenas tortillas recheadas com cochinita pibil; queimei um pouco os dedos pegando rápido demais. Luis riu quando tentei falar “achiote” direito — acho que arruinei a palavra. Os sabores eram intensos e terrosos, nada a ver com o que chamam de “comida mexicana” por aí.

Depois do almoço, fomos para o cenote NoolHa. A água estava tão gelada que me fez soltar um susto ao pular (fiquei com medo da tirolesa, fica para a próxima). Flutuar ali, olhando para as raízes entrelaçadas e os raios de sol que atravessavam a água, foi… não sei, uma paz que ficou comigo por mais tempo do que esperava. O passeio de um dia saindo de Valladolid para Chichen Itza é cheio, mas nunca corrido; sempre tem um momento para parar e rir de si mesmo.

Terminamos em Valladolid — uma parada rápida, mas suficiente para ver um senhor vendendo paletas na esquina e buscar sombra sob os arcos coloridos. Se você quer algo chique ou muito arrumado, talvez esse não seja o lugar. Mas se procura histórias na comida e poeira nos sapatos ao fim do dia, esse é o passeio perfeito.