Cidade do México: Tour Privado na Basílica de Guadalupe e Caminhada no Morro Tepeyac

4.91

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Como é a experiência?

Confesso que estava um pouco apreensivo para visitar a Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe — não por ser muito religioso, mas porque já tinha ouvido falar das multidões e da emoção intensa no lugar. Mas nossa guia, Ana, nos buscou direto no hotel na Cidade do México e, de alguma forma, fez parecer que estávamos saindo com uma amiga de longa data. A viagem foi tranquila, só o som da cumbia no rádio e a Ana apontando onde compra seus tamales favoritos. Lembro de segurar firme minha sacolinha de lanches (que estava incluída, aliás) quando chegamos naquela enorme praça.

Passar pelo Átrio das Américas foi como entrar em outro mundo — incenso no ar, pessoas sussurrando orações, vendedores oferecendo terços. Ana explicou por que esse lugar é tão importante para milhões; até nos mostrou como identificar os peregrinos que caminham descalços (eu nem tinha reparado antes). Visitamos tanto a basílica nova quanto a antiga — e, sinceramente, ver o tilma original de 1531 protegido por vidro me arrepia até hoje. Tem algo em ver os locais se benzerem ou tocarem a parede em silêncio que toca a gente de um jeito especial.

A subida do Morro Tepeyac não foi tão difícil quanto eu imaginava (Ana deixou a gente ir no ritmo que quiséssemos), mas minhas pernas reclamaram um pouco. Os jardins estavam cheios de canto de pássaros e pequenas quedas d’água — dava até para esquecer que estávamos na Cidade do México, até que a vista enevoada da cidade lá do alto apareceu. Tem uma capelinha no topo onde dizem que Juan Diego colheu aquelas flores milagrosas; o cheiro de cera e pedra molhada fica no ar. Rimos quando Ana tentou me ensinar a pronunciar “Tepeyac” direito — nunca consegui acertar. Depois de tudo isso, sentar em silêncio diante da imagem da Virgem foi mais impactante do que eu esperava… e de um jeito bom. Ainda penso naquele silêncio às vezes.