Cozumel: Passeio de Buggy com Culinária Maia e Parada para Tequila

4.97

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Como é a experiência?

Não esperava começar meu dia em Cozumel olhando para uma deusa de pedra enquanto nosso guia, Luis, contava histórias sobre a Maia Ixchel e fertilidade. O buggy ainda estava quente do sol quando paramos—capota abaixada, cabelo ao vento. O cheiro de sal e poeira se misturava no ar. Luis tinha um jeito de pausar antes de cada história, como se quisesse que a gente absorvesse tudo ou simplesmente curtisse o silêncio. Eu gostei disso.

Depois, seguimos para o My Mexico Lindo—uma hacienda que parecia ao mesmo tempo imponente e acolhedora. Fomos recebidos com risadas (e uma zoação leve quando tentei falar “tequila” com estilo). A degustação de tequila foi tranquila; aprendemos como é feita e por que não se deve tomar de uma vez, como na faculdade. Teve dança também—saia colorida rodando—e percebi que estava sorrindo há um bom tempo sem nem notar.

A estrada pela costa leste foi mais barulhenta do que imaginei—vento assobiando no buggy e ondas quebrando nas formações rochosas estranhas do Mirante El Mirador. Paramos só o tempo suficiente para eu sentir areia nos sapatos e ver a água saltar por esses “olhos” naturais nas pedras. Não é bem um penhasco—é mais uma borda selvagem onde o Caribe insiste em mudar tudo. Tinha barraquinhas vendendo artesanato colorido; comprei uma tartaruga esculpida para minha sobrinha (ela provavelmente vai perder).

Chen Rio foi o último destino—segredo dos locais, pelo visto. Piscinas mornas cercadas por pedras baixas, quase vazias, só duas crianças correndo na água rasa. A água era tão cristalina que dava para contar os dedos do pé. Tinha um cheiro doce, de alguma flor que não consegui identificar. Ficamos ali sentados um tempo, quase sem falar. Até hoje, quando o barulho toma conta em casa, lembro desse cantinho tranquilo em Cozumel.