Puerto Vallarta: Observação de Baleias e Golfinhos com Biólogo

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Como é a experiência?

Quase perdi o ponto de encontro porque fiquei distraído com um vendedor de rua vendendo manga no palito (mãos grudando, mas valeu muito a pena). Mas nossa guia, Valeria — uma bióloga que consegue transformar ciência em fofoca — acenou para mim com um sorriso. O barco era menor do que eu imaginava, o que fez parecer que estávamos invadindo o mundo das baleias, e não só fazendo turismo. Ela distribuiu barrinhas de granola e falou algo sobre “cetáceos”, que eu fingi entender até ela explicar que eram baleias e golfinhos. Todo mundo riu, acho que não estava sozinho.

O mar em Puerto Vallarta estava agitado naquela manhã, e o spray do sal molhava meus óculos o tempo todo. Mas isso não importava — quando Valeria apontou o primeiro jato da baleia-jubarte ao longe, todo mundo ficou em silêncio, menos uma criança que sussurrou um “uau”. Tinha um cheiro estranho de protetor solar misturado com o ar do mar, e por um instante só se ouvia o motor do barco desacelerando. Fomos nos aproximando (mas sem invadir o espaço delas — Valeria é bem rígida nisso) e ela começou a anotar tudo para o projeto de pesquisa. Até deixaram a gente ajudar a registrar os avistamentos — não sei se minha letra ajudou muito, mas foi divertido.

Em certo momento, apareceram golfinhos — pintados, que nadavam rápido como se estivessem se exibindo. Alguém tentou imitar os assobios deles (não fui eu, juro), e até o capitão caiu na risada. O almoço foi um sanduíche de baguete — simples, mas bem melhor do que eu esperava depois de algumas horas no sol. Se você tem restrições alimentares, eles resolvem se avisar antes; ouvi alguém falando que tem opção vegana.

Não esperava aprender tanto sobre como esses animais vivem aqui e o quanto é feito para protegê-los. Valeria contou que o financiamento da pesquisa vem de passeios como o nosso — isso fez parecer que não era só mais um passeio para ver baleias em Puerto Vallarta, mas que estávamos fazendo parte de algo maior. Ainda lembro do silêncio quando vimos a baleia mãe com o filhote — ninguém se mexeu ou falou por um tempo que pareceu eterno. Fica marcado.