Sayulita & San Pancho: Passeio Privado com Arte, Feiras e Praia

4.97

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Como é a experiência?

Saímos de Puerto Vallarta pouco depois das nove, com as janelas abertas, aquele ar salgado misturado ao cheiro forte de café no van. Nosso guia, Esteban, tinha um jeito de mostrar detalhes que ninguém percebe — como um mural escondido atrás da bougainvillea ou por que os cachorros de rua sempre descansam na sombra perto da padaria (eles ganham restos na hora do almoço). A viagem até San Pancho foi rápida — talvez uma hora? — mas parecia que já estávamos em outro mundo quando pisamos naquela rua cheia de cores. Eu parava a todo momento só pra admirar as paredes cheias de vida e os tons vibrantes. Teve uma galeria onde um senhor pintava onças em pedaços de madeira; ele assentiu quando perguntei se podia assistir, não falou muito, mas sorriu com os olhos.

Depois de passear pelas galerias de San Pancho e ouvir pedaços de música saindo de portas abertas, seguimos para Sayulita. O lugar tem uma energia única — pranchas de surf por toda parte, crianças correndo descalças, cheiro de peixe grelhado e limão no ar. O mercado de artesanato é uma loucura; uma mulher Wixarika fazia contas em padrões minúsculos. Tentei perguntar pra ela com meu espanhol meio capenga e ela riu (sem maldade) antes de me mostrar como segurar o fio direito. Sayulita é barulhenta, mas de um jeito gostoso — talvez porque todo mundo parece feliz só de estar ali. Pegamos as dicas de comida do Esteban e acabamos dividindo tacos num lugar que ele jurava que era o melhor (e ele estava certo). Até hoje lembro daquela salsa.

Depois do almoço teve um tempo livre e fui até a praia. A areia grudava nos meus tornozelos e tudo cheirava a protetor solar e água do mar. Algumas pessoas tiravam fotos naquelas letras coloridas que formam SAYULITA, outras só sentavam com os pés na água, em silêncio. O sol estava pesado, mas gostoso. No caminho de volta o grupo ficou quieto — cansado, mas de um jeito bom, sabe? Surgiram bebidas de uma caixa térmica (Esteban de novo), e alguém colocou uma música baixinha, só pra deixar o vento entrar pela janela aberta.