Tour ao Templo Muktinath com Vilarejos de Kagbeni e Marpha

5.00

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Como é a experiência?

A primeira coisa que me chamou atenção ao sair em Jomsom foi o ar seco e fresco — tão diferente da umidade de Pokhara. Nosso guia, Suman, nos encontrou cedo e partimos por estradas sinuosas que acompanhavam o rio Kali Gandaki. A viagem tomou quase o dia todo, mas, sinceramente, mal percebi as horas passando. Parávamos para deixar passar rebanhos de cabras ou para um chá em pequenas barracas à beira da estrada, onde se sentia o cheiro de fumaça de lenha e cardamomo. Quando chegamos à pousada nas montanhas de Jomsom, meus sapatos estavam cobertos de poeira branca da trilha.

Kagbeni foi o próximo destino — um lugar que parece ter parado no tempo. Caminhando por suas vielas estreitas, eu ouvia o som de sinos vindo de um pequeno mosteiro próximo e via moradores secando queijo de iaque nos telhados. Nosso guia explicou como as casas são construídas para bloquear o vento; aqui sopra bastante no fim da tarde. Kagbeni tem uma mistura única da cultura tibetana com tradições do Mustang — você verá bandeiras de oração por toda parte e crianças correndo com fatias de maçã na mão.

A estrada até Muktinath é curta, mas impressionante — cerca de meia hora por um dos desfiladeiros mais profundos do mundo. Ao chegar ao templo, havia peregrinos hindus acendendo lamparinas e monges budistas girando rodas de oração. O ar tinha um leve aroma de incenso misturado com poeira. Mergulhei as mãos em um dos 108 bicos de água; os locais dizem que traz sorte (e a água é gelada!). À noite, na vila de Muktinath, se você deixar a janela aberta, pode ouvir cânticos distantes.

No caminho de volta, paramos em Tatopani — que significa literalmente ‘água quente’. Depois de dias em estradas esburacadas, relaxar nas fontes termais naturais foi uma recompensa. Alguns dizem que faz bem para a pele; eu só sei que não queria sair dali. Passamos nossa última noite na vila de Marpha, famosa pelas maçãs. Se estiver na temporada, experimente o conhaque ou a sidra de maçã — nosso anfitrião nos serviu um copo após o jantar enquanto contava histórias sobre o comércio de sal com o Tibete.