Cathedral Cove e Grutas Marinhas: Passeio de Catamarã Ecológico com Snorkel

4.96

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Como é a experiência?

Confesso que sempre vi fotos de Cathedral Cove e ficava imaginando se aquele lugar realmente transmitia a paz que parecia. Descobri que deslizar para fora de Whitianga neste catamarã grande e silencioso — chamado Mercury Star — traz uma calma que vai chegando devagar. O ar tinha aquele cheiro doce e salgado que só se sente longe da cidade. Nosso capitão, Tom (que mora aqui há séculos), apontou as falésias vulcânicas antes mesmo de eu perceber. Ele riu quando tentei falar “Orua” do jeito certo — ainda não sei se acertei.

Navegamos perto da gruta do mar e Tom desligou o motor, deixando só o som da água batendo suavemente no casco. Dentro da caverna, um eco estranho parecia que as pedras estavam cantando de volta pra gente. Me arrepiei por um instante. Depois, ancoramos perto de Cathedral Cove. A água estava mais fria do que eu esperava, mas tão transparente que dava para ver peixinhos azuis correndo sob meus pés enquanto eu fazia snorkel. Alguém me ofereceu chá depois (juro que bebida quente tem outro sabor quando você está enrolado numa toalha com o cabelo molhado). O barco ainda tinha um chuveiro quentinho — um detalhe simples, mas que facilitou muito na hora de trocar de roupa.

Não esperava aprender tanto sobre a história da costa só navegando por ela. Tom contou histórias sobre as Champagne Rocks e aquelas ilhotas espalhadas no mar; ele sabia quais tinham ninhos de pássaros nessa época do ano. Foi bom só ouvir e não ter pressa. No caminho de volta, o sol batia no convés com aquela luz preguiçosa do fim da tarde — todo mundo ficou quieto por um tempo, exceto uma criança que ria das gaivotas brigando por migalhas. Às vezes ainda me pego lembrando daquela vista por trás dos óculos manchados de sal.