Christchurch a Queenstown: Lake Tekapo, Mt Cook e Degustação de Salmão

4.67

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Como é a experiência?

Confesso que não esperava sentir tanta liberdade na estrada saindo de Christchurch. Nosso guia, Matt (que parecia ser conhecido em todas as padarias pelo caminho), apontava como os rios trançados cortavam as planícies. Teve um momento na ponte Rakaia em que os campos se estendiam até onde a vista alcançava, pintados de dourado e verde. Me peguei distraído, vendo as ovelhas mexerem as orelhas enquanto passávamos. É engraçado o que fica na memória.

A primeira parada de verdade foi na Fairlie Bakehouse — dizem que não dá para fazer esse passeio de um dia sem provar a torta de carne e queijo de lá. Queimei a língua na primeira mordida (clássico eu), mas valeu muito a pena. O ônibus inteiro ficou com cheiro de massa depois disso. No Lake Tekapo, Matt contou a história da Church of the Good Shepherd e como todo mundo vai lá só para tirar foto — mas eu acabei mais encantado com os lupinos selvagens, roxos e rosas, que contrastavam com aquele azul inacreditável do lago.

Depois seguimos para o Lake Pukaki; a cor da água mudava conforme as nuvens passavam sobre o Aoraki/Mt Cook ao longe. Quando descemos, o silêncio tomou conta — até o ar parecia mais frio e cortante. Alguns fizeram a caminhada até a geleira Tasman, mas eu preferi dar uma volta pela vila de Mt Cook, lendo as histórias das lendas Ngāi Tahu no centro de visitantes. Tentei falar “Aoraki” direito; Matt sorriu, mas não corrigiu (provavelmente falei tudo errado). O almoço foi simples, mas perfeito — sanduíches e petiscos com vista para a geleira, uma lembrança que vai ficar comigo por muito tempo.

Seguimos pelo Lindis Pass — estradas sinuosas, colinas de tussock, tudo tingido de dourado pela luz do fim da tarde. Paramos na High Country Salmon, onde você pode alimentar salmões gorduchos direto da mão (eles espirram mais do que você imagina). A essa altura, todo mundo já trocava fotos e histórias como se nos conhecêssemos há muito mais que um dia. O trecho final até Queenstown passou voando; alguém viu os bungee jumpers na Kawarau Suspension Bridge e a gente se grudou nas janelas feito criança.