Milford Sound: Cruzeiro com Cachoeiras, Mitre Peak e Paisagens Incríveis

4.62

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Como é a experiência?

Acabávamos de encontrar nossos lugares quando o capitão — acho que se chamava Jamie? — apareceu na cabine e perguntou se alguém queria ir para o convés externo. “Você vai se molhar, mas vale muito a pena”, disse com um sorriso que me fez confiar nele na hora. Peguei meu chá (que é cortesia, aliás) e saí. O ar tinha aquele cheiro frio e úmido de musgo que só existe em lugares onde a chuva parece parte da paisagem. Um casal de Auckland já estava lá fora, rindo enquanto o vento bagunçava o cabelo deles. Jamie apontou para o Mitre Peak — sério, parecia coisa de filme, como se alguém tivesse pintado aquela montanha direto no céu.

O catamarã era espaçoso, nada lotado. Fui andando entre os decks, às vezes voltando para dentro para esquentar as mãos no meu copo. Nosso guia começou a falar sobre as Bowen Falls e como elas geram energia para a pequena comunidade ali — eu não esperava me interessar por hidrelétricas num passeio de um dia saindo de Te Anau para Milford Sound, mas aquilo ficou na minha cabeça. Tem algo especial em ouvir histórias locais enquanto você está vendo tudo com seus próprios olhos; faz toda a diferença.

As Stirling Falls foram incríveis — chegamos tão perto que a névoa molhou meus óculos (devia ter limpado antes de tirar fotos). Um garoto do meu lado gritou quando a água bateu na gente; todo mundo riu, até quem estava quieto até então. Tentei falar “Sinbad Gully” com meu melhor sotaque neozelandês e a Li riu tanto que quase deixou o celular cair. O passeio parecia menos um tour e mais um segredo que Fiordland guarda só para quem visita. Até hoje lembro daquela névoa gelada no rosto e de como tudo ao redor parecia tão pequeno por um tempo.