Tauranga e Mount Maunganui: Passeio de Meio Dia com Pomar de Kiwi e Cachoeiras

4.67

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Como é a experiência?

Mal saímos do navio e já senti o cheiro do mar e do protetor solar — Mount Maunganui tem esse jeito de te envolver assim. Nossa guia, Janine, nos chamou perto dos portões do porto e logo gostei dela; ela tinha um jeito simples de mostrar detalhes que eu jamais teria reparado. Já tinha surfista na água, mesmo sendo cedo, e aquela longa faixa de areia branca parecia não ter fim. Passamos pela Marine Parade, admirando casas que devem valer mais do que a minha rua inteira lá em casa.

Ao cruzar a ponte para o centro de Tauranga, Janine começou a contar antigas lendas Māori ligadas ao Mauao (ela contava melhor do que eu conseguiria). Paramos em frente a The Elms — ela explicou que é um dos patrimônios históricos mais antigos da Nova Zelândia, mas não entramos, só ficamos perto da cerca enquanto ela contava uma história sobre os primeiros colonizadores e os Māori se encontrando ali. Parecia estar na beira da memória de outra pessoa. Depois fomos ao Gate Pa — confesso que não sabia muito sobre essa batalha antes da viagem. Ela falou sobre Hēni Te Kiri Karamū cuidando dos soldados feridos à noite; dava para ver o brilho nos olhos dela ao contar.

O pomar de kiwi foi a próxima parada — se você nunca ficou debaixo dessas videiras com o sol passando entre as folhas, está perdendo uma paz estranha. Provei um pedaço direto da fonte (mais azedinho do que o que temos em casa) e fiquei com as mãos grudadas. Janine também distribuiu mel de manuka — grosso, quase floral — e contou como os locais usam para tudo, do pão ao alívio para dor de garganta. No McLaren Falls Park seguimos um riacho pela mata fresca, ouvindo pássaros que eu não consegui identificar. Teve um momento em que só dava para ouvir a água correndo nas pedras e uma risada ecoando pela trilha.

Ainda lembro daquele muffin na cafeteria da casinha — quentinho, derretia manteiga em segundos, acompanhado de um café forte que cortou meu jet lag na hora. No caminho de volta paramos para tomar sorvete hokey pokey (eu também nunca tinha ouvido falar), que é praticamente obrigatório na Nova Zelândia. O passeio terminou em Mount Maunganui; alguns foram às compras, mas eu só sentei num banco, observando o vai e vem das pessoas sob as grandes árvores pohutukawa. Engraçado como meio dia pode parecer tão cheio.