Whangarei: Tour de Arte Hundertwasser e Galeria Māori

4.38

(21 avaliações)

Como é a experiência?

A primeira coisa que me chamou atenção foi a cor — sinceramente, está em todo lugar. Mal entramos no Hundertwasser Art Centre em Whangarei, nossa guia Sarah nos chamou para ver um muro de mosaicos incrível. Ela contou que Hundertwasser odiava linhas retas e dava para sentir isso até nos pés; até os azulejos sob meus sapatos pareciam ondulados. Senti um cheiro de café vindo de algum lugar (seria do café lá embaixo?), mas me distraí com aquelas pinturas grossas e cheias de textura — dava vontade de tocar, mas claro que não podia. Algumas pessoas cochichavam em alemão perto da janela grande; acho que ele ainda atrai gente do mundo todo.

Não esperava passar tanto tempo no telhado. O ar lá em cima tinha aquele toque doce e salgado que só se sente perto do rio Hātea, e tem uma cúpula dourada que capta cada raio de sol. Sarah apontou as árvores plantadas como parte da ideia do “telhado vivo” do Hundertwasser — parece que até ganhou prêmios? Dá para ver praticamente toda Whangarei lá de cima. O vento bagunçou meu cabelo, mas eu nem liguei. Tem algo especial em ficar acima da cidade com arte aos seus pés que fica na memória.

A Galeria de Arte Māori Wairau também fica dentro do centro. O que tem lá não é só decoração — algumas obras me fizeram parar e ler duas vezes porque falavam de histórias que nunca aprendi na escola. Um artista usou pedras do rio e linha; outro tinha cores vibrantes que conversavam com o estilo do Hundertwasser ao lado. A Li riu quando tentei pronunciar um título em te reo Māori — provavelmente errei feio, mas ela disse que o importante é tentar.

Você pode explorar por conta própria ou fazer um tour guiado (o nosso durou cerca de uma hora), que me ajudou a entender por que Hundertwasser escolheu a Nova Zelândia para viver. Tem um pequeno teatro com documentários para quem quiser descansar um pouco — e uma lojinha cheia de presentes diferentes. Saí de lá com um caderno cheio daqueles desenhos em espiral que ele adorava. Até hoje, às vezes me pego rabiscando espirais e lembrando daquela vista do telhado.