Panama City: Tour de Bike pelo Casco Viejo e Cinta Costera

4.88

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Como é a experiência?

“Tem certeza que andou de bicicleta recentemente?” Luis, nosso guia, sorriu enquanto eu balançava um pouco ao sair da Cinta Costera. O ar da manhã trazia aquele cheiro salgado da baía — meio pegajoso, mas fresco — e já havia gente correndo ou sentada tomando café, observando a gente, turistas, tentando parecer descolados nas bikes alugadas. No começo, o guidão parecia estranho, muito largo, mas depois de alguns minutos parecia que eu estava só curtindo o passeio com amigos. O skyline da cidade estava ali, com os prédios de vidro brilhando, e Luis apontava quais tinham surgido só na última década. Ele conhecia todo mundo — pessoas acenavam enquanto passávamos.

Paramos para fotos onde a baía faz uma curva e dá para ver o contraste total entre o Panamá antigo e o moderno. Tem algo em ver aqueles telhados coloniais com arranha-céus ao fundo que faz a gente parar (ou talvez eu só estivesse tentando recuperar o fôlego). No Casco Viejo, Luis nos guiou por ruas estreitas com prédios amarelos e rosas desbotados, roupas estendidas balançando no ar. Uma mulher vendendo raspados chamou a gente — experimentei o de manga, que estava muito melhor do que eu esperava, mas deixou meus dedos grudados para o próximo trecho. Sinceramente, não esperava rir tanto; parecia menos um passeio formal e mais um rolê com alguém que realmente mora ali.

A última parada foi no mercado de peixes, que já te recebe com aquele mix intenso de cheiro de mar e óleo de fritura antes mesmo de trancar a bike. Assistimos os pescadores conversando em espanhol sobre pargos e camarões — eu só pegava uma palavra a cada três, mas entendia o suficiente. Luis brincou que ceviche é o verdadeiro energético do Panamá (e não estava errado). Depois ficamos ali perto da água, cansados mas felizes, sem pressa para voltar. Ainda penso naquela luz sobre a baía no fim do passeio — dourada e suave, nada do que eu tinha imaginado antes de vir.