Paracas e Ilhas Ballestas: Passeio com Observação de Animais e Sandboard em Huacachina

4.76

(17 avaliações)

Como é a experiência?

O dia começou antes do sol nascer, com a cidade ainda meio adormecida enquanto seguimos para o sul pela Panamericana. Pela janela, vi pescadores preparando suas redes nas praias enevoadas nos arredores de Lima — tem algo de tranquilizante naquele silêncio matinal. Quando chegamos em Paracas, a brisa salgada já me despertava de verdade. Nosso guia, Javier, distribuiu coletes salva-vidas e embarcamos em um pequeno barco que balançava no píer. O ar do mar estava frio, mas fresco, com cheiro de algas misturado ao diesel dos barcos.

A viagem até as Ilhas Ballestas teve seus solavancos — se você enjoa fácil, talvez evite um café da manhã pesado. Conforme nos aproximávamos, já dava para ouvir os leões-marinhos latindo antes mesmo de vê-los. Eram centenas espalhados pelas pedras, alguns mergulhando na água com um splash. Pinguins andavam desajeitados entre grupos de pelicanos e cormorões; Javier apontou um trinta-réis com seu bigode branco engraçado. Ele conhecia cada espécie pelo nome e contava pequenas histórias sobre seus hábitos. O barco deu voltas lentas para todo mundo conseguir tirar fotos — sério, é difícil errar uma aqui.

De volta à terra firme, seguimos para o interior rumo a Huacachina. A paisagem mudou rápido: em um instante estávamos passando por vinhedos e barracas de frutas secas na beira da estrada (os mangas estavam com um cheiro incrível), e no outro, surge essa lagoa surreal cercada por dunas gigantes. Parecia cena de filme. Entramos num buggy — o motor é barulhento! — e aceleramos pela areia como se estivéssemos numa montanha-russa. Descer de sandboard aquelas dunas é uma loucura; caí duas vezes, mas não parava de rir. O sol se põe rápido no deserto, então não esqueça óculos de sol e protetor solar — o brilho é intenso mesmo.