Algarve: Passeio de Barco na Gruta de Benagil com Churrasco na Praia

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Como é a experiência?

“Você viu aquilo?” alguém perguntou enquanto navegávamos perto de Ferragudo — o castelo parecia estar ali há séculos, observando os pescadores na areia. O cheiro do mar trazia um mix de salgado e doce, com um toque de protetor solar e carne assando, vinda de algum lugar que eu ainda não conseguia ver. Nosso guia, João, apontava pequenas grutas nas falésias enquanto seguimos para leste, saindo de Portimão. Eu achava que já tinha visto todas as cores que o Algarve podia mostrar, mas não — a cada curva, uma surpresa diferente. Teve um momento em que o motor parou e ficou só o som das gaivotas e algumas risadas vindo da proa.

Confesso que não esperava entrar dentro daquelas grutas em Benagil. Fomos colocados em pequenos barcos — fiquei meio nervoso, mas o João só piscou e disse “segura firme”. Lá dentro, a luz do sol entrava pelo buraco no teto da caverna, iluminando uma água que parecia de outro mundo. A sensação era fresca e úmida na pele; minha amiga tocou numa pedra e disse que era mais lisa do que imaginava. Tiramos fotos, mas o que mais fizemos foi admirar o lugar. Tentei falar “Benagil” do jeito que o João falava — ele riu (acho que eu estraguei a pronúncia).

O almoço foi numa faixa de areia privativa. A equipe montou um churrasco — pão quentinho, salada do Algarve com tomates que tinham gosto de sol, carnes grelhando enquanto alguém servia vinho em copos de plástico. Também teve fruta (melão, talvez) e refresco de laranja para quem queria algo doce. Alguns foram nadar; eu fiquei deitado, ouvindo o som das ondas e vozes distantes em português. No caminho de volta, passamos por pequenas praias escondidas perto de Carvoeiro — algumas tão vazias que pareciam segredos. Até hoje sinto o último raio de sol no rosto.