Lagos & Gruta de Benagil: Passeio para Ver Golfinhos com Bióloga Marinha

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Como é a experiência?

Partimos da Marina de Lagos antes mesmo de eu terminar meu café — o ar do mar acabou me despertando melhor. Nosso skipper, João, tinha aquele jeito de falar que parece que você está saindo com amigos. O barco era firme e rápido, e havia um cheiro salgado no ar que grudava nos lábios. Não esperava rir tanto logo no começo; nossa bióloga marinha, Rita, distribuiu uns cartões com curiosidades sobre golfinhos e provocou a gente para ver quem os avistava primeiro.

O primeiro grupo apareceu talvez meia hora depois. É difícil explicar — eles simplesmente surgem, todos de uma vez, como se alguém tivesse ligado um interruptor debaixo d’água. Ficou um silêncio enquanto todo mundo se inclinava para olhar (talvez um pouco demais), e uma criança gritou quando um golfinho saltou bem do nosso lado. A Rita explicou como identificar a espécie que estávamos vendo (já esqueci, desculpa Rita), mas eu só conseguia admirar as costas deles cortando a água. O motor estava tão silencioso que dava para ouvir a respiração deles — um sopro suave cada vez que apareciam.

Depois seguimos rente à costa rumo à Gruta de Benagil. O sol refletia nas falésias e tinha um cheiro estranho de protetor solar misturado com algas — não é ruim, é bem “Algarve”. O João diminuiu a velocidade para a gente tirar fotos das famosas formações rochosas em forma de frutas dentro da gruta (sem desembarcar). Tentei falar “Gruta de Benagil” direito; a Rita riu e disse que meu sotaque parecia italiano. Justo.

Na volta, fiquei um tempo sozinho perto da proa. O vento estava mais frio do que eu esperava para junho. Fiquei pensando em como aqueles golfinhos chegaram tão perto — parecia que eles nem ligavam para a gente, ou talvez ligassem do jeito deles? Enfim, se você quer uma experiência verdadeira em Lagos — não só mais um dia de praia — esse passeio para ver golfinhos é a escolha certa.