Você vai subir estradas sinuosas num jeep 4x4 do Funchal até o topo selvagem do Pico do Areeiro, caminhar por levadas antigas na floresta de louro, almoçar nas coloridas casas de Santana, provar o rum forte da Madeira à beira-mar e terminar com vistas do Atlântico que ficam na memória.
Subimos pela estrada estreita saindo do Funchal antes mesmo de eu terminar meu café — daquele tipo que se toma meio acordado, olhando para as colinas enevoadas. Nosso motorista João sorria no retrovisor, enquanto o rádio tocava uma música local. As janelas do jeep ficaram abertas; o ar da montanha era frio e cortante enquanto subíamos rumo ao Pico do Areeiro. As nuvens estavam tão baixas que dava para sentir o rosto molhado se você se inclinasse para fora (eu me arrisquei e levei uma molhada). No topo, João apontou onde as antigas trilhas cortavam a rocha — tentei imaginar fazendo a caminhada, mas acabei só parado ali, boquiaberto com aquelas cristas afiadas se perdendo na névoa. O cheiro de terra úmida misturado com algo parecido com eucalipto estava no ar.
Depois descemos até Ribeiro Frio. O lugar era mais tranquilo — só o som dos pássaros e da água correndo em algum lugar escondido. João nos guiou por uma levada até o mirante dos Balcões. Lembro de tocar a pedra coberta de musgo, fresca sob a mão, enquanto ele explicava como esses canais irrigam a Madeira há séculos. Quando chegamos ao mirante, um silêncio tomou conta: vales verdes lá embaixo, nuvens presas nos picos. Alguém tirou da bolsa um pastel de nata (não incluso, mas ainda quentinho), e por um instante parecia que o tempo parou. Não esperava por esse momento.
Depois fomos para Santana — aquelas casinhas triangulares com portas coloridas pareciam até cenográficas, mas as pessoas realmente moram ali. Almoçamos num lugar pequeno que o João conhecia bem; um cozido de peixe e um pão tão grosso que dava para limpar o prato todo. A Li riu quando tentei falar “espetada” direito (provavelmente estraguei a palavra). Depois seguimos para o mirante do Guindaste — o vento soprava tão forte que quase levou meu chapéu — e então para Porto da Cruz, onde fizemos a degustação de rum na Engenhos do Norte. O cheiro lá dentro era doce e forte; o gosto, mais intenso do que eu imaginava. Em Ponta do Rosto, o sol da tarde iluminava as falésias vulcânicas com faixas laranjas e ficamos alguns minutos em silêncio, só admirando.
Ainda penso naquela vista da baía de Machico enquanto voltávamos passando por Santa Cruz — agora silencioso, só com o João cantarolando um fado antigo no rádio. Não é só sobre visitar pontos turísticos; é sobre como cada lugar deixa uma marca na gente, sem pedir licença.
O tour é de dia inteiro, com várias paradas entre o Pico do Areeiro e a Ponta de São Lourenço.
Sim, o traslado de ida e volta do hotel está incluso na reserva.
Sim, há uma parada em Santana para ver as famosas casas de colmo e almoçar.
O almoço está incluso durante a parada na vila de Santana.
Crianças são bem-vindas, mas devem estar acompanhadas por um adulto; assentos infantis especiais estão disponíveis se necessário.
Sim, há uma caminhada curta pela Levada dos Balcões até o mirante; é recomendada uma condição física moderada.
Sim, há uma parada na Engenhos do Norte em Porto da Cruz para degustação de rum (idade mínima para beber: 18 anos).
O passeio pode ser conduzido por guia multilíngue, dependendo do grupo.
Seu dia inclui traslado de ida e volta do hotel em Funchal ou arredores, transporte em jeep 4x4 com comentários ao vivo do guia local durante todo o percurso, entradas quando necessárias, além de uma parada para almoço tradicional na vila de Santana (com tempo para experimentar pratos locais) antes de retornar no fim da tarde ou início da noite.
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