Sintra: Passeio de 1 Dia com Palácio da Pena e Quinta da Regaleira

4.98

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Como é a experiência?

Entramos na van logo ali perto do Hard Rock Café em Lisboa — ainda meio sonolentos, pra ser sincero — e o nosso guia Rui já fazia piadas sobre o café português. A viagem até Sintra foi rápida, mas parecia que estávamos deixando a cidade para trás e entrando num lugar mais antigo e verde. Primeira parada: o centro histórico de Sintra. Tem um cheiro especial — doces fresquinhos e pedra molhada depois da chuva. O Rui nos guiou por vielas estreitas (quase me perdi admirando os azulejos), até que entramos numa padaria onde ele insistiu que provássemos os travesseiros. Acabei cheio de açúcar de confeiteiro na camisa, mas ninguém ligou.

Depois fomos para a Quinta da Regaleira. Eu já tinha visto fotos daquele poço em espiral, mas estar ali em cima é outra coisa — é mais fundo do que parece, quase dá vertigem se você ficar olhando muito tempo. O Rui contou histórias de sociedades secretas e códigos nas esculturas; não sei o quanto é verdade, mas dá vontade de acreditar. Passamos pelo Palácio de Monserrate só por fora, com suas cúpulas mouriscas aparecendo entre as árvores enevoadas. Depois fizemos um trecho pela região vinícola de Colares (as videiras pareciam resistentes, agarradas na areia), até chegar numa vila à beira-mar chamada Aldeia das Maçãs para o almoço. O peixe grelhado tinha gosto de sal e carvão, e os surfistas de roupa de neoprene riam mesmo com a água parecendo congelante.

Depois do almoço, fomos para o Cabo da Roca — o vento soprava forte, dava até para perder o chapéu se não segurasse bem. Fiquei olhando as ondas batendo nas falésias enquanto o Rui apontava para o oeste: “Nada até a América.” Isso ficou na minha cabeça por algum motivo. No caminho de volta para Sintra, avistamos o Castelo dos Mouros no alto da colina; tentei imaginar como seria defender aquele lugar séculos atrás, mas principalmente fiquei pensando em como alguém conseguiu construir algo ali.

O último ponto foi o Palácio da Pena — aquelas cores vibrantes são ainda mais intensas ao vivo, especialmente quando as nuvens se abrem por um instante e tudo brilha em amarelo e vermelho contra a floresta verde escura. Andamos pelos terraços e pelas muralhas (o vento lá em cima não é brincadeira). O Rui explicou um pouco da história, mas também deixou a gente livre para explorar; gostei desse equilíbrio. Já estava com as pernas cansadas, mas a cabeça cheia de lembranças — então, se você está pensando em fazer um passeio de um dia a Sintra saindo de Lisboa com ingressos inclusos, vai fundo. Ainda penso naquela vista do vale enquanto a gente partia.