Hell's Gate: Safari de bike com guia e transporte privativo

5.00

(23 avaliações)

Como é a experiência?

“Não olhe o búfalo nos olhos,” brincou nosso guia David enquanto passávamos bamboleando por um grupo — acho que ele falava meio sério, mas foi o suficiente para todo mundo rir e relaxar. O Parque Nacional Hell’s Gate fica a cerca de duas horas de Nairobi, mas parecia outro mundo: penhascos vermelhos, girafas simplesmente paradas, mastigando e nos observando pedalar. O ar tinha um cheiro seco e mineral — nada ruim, só diferente do ar da cidade. Minhas pernas já reclamavam antes mesmo de chegarmos à primeira pequena garganta (não sou exatamente atleta de Tour de France), mas o David mantinha um ritmo tranquilo e apontava impalas correndo entre as acácias. Ele conhecia todos os atalhos e parava para responder qualquer dúvida — até as mais bobas.

Não esperava chegar tão perto dos animais. Não tem cerca entre você e eles nesse safari de bike em Hell’s Gate; em um momento uma zebra cruzou bem na minha frente e quase esqueci de frear. O sol estava forte, mas suportável — leve água, sério. Fizemos uma pausa perto de umas pedras onde dava para ouvir pássaros “discutindo” no alto (ou talvez flertando? difícil dizer). O David contou histórias dos pastores Maasai que ainda vivem por ali; ele acenou para umas crianças que retribuíram timidamente. Foi ótimo sentir que eu estava me movendo com minhas próprias forças, e não preso num carro.

A última parte foi quase toda descida (graças a Deus), vento no rosto e poeira por todo lado — provavelmente estava com cara de bobo, mas nem liguei mais. Terminamos com as pernas cansadas e sorrisos empoeirados, entrando na van para voltar. Ainda lembro daquele momento em que tudo ficou quieto, só o barulho das rodas no cascalho e uns chamados distantes de animais — uma paz selvagem que só a natureza sabe dar.