Praga de Ebike: Castelo, Mosteiro e Almoço Típico

4.94

(18 avaliações)

Como é a experiência?

Sabe aquela sensação de chegar numa praça e sentir a energia pulsando? Foi assim que nosso dia começou no antigo pátio renascentista — pedras irregulares no chão, o cheiro suave de café fresco vindo de uma cafeteria próxima, e nosso guia acenando com um sorriso. Depois de uma rápida apresentação e uma bebida de boas-vindas (a minha foi uma limonada de flor de sabugueiro bem refrescante), escolhemos nossas e-bikes. Eu nunca tinha usado uma antes — e descobri que são super fáceis de pilotar, mesmo nas ladeiras traiçoeiras de Praga.

A subida até o Parque Letná foi tranquila — nada de cansar, só o ronronar suave do motor e o som das pessoas passeando com seus cachorros. O Petr, nosso guia, mostrou a base do antigo monumento a Stalin (hoje um skatepark) e contou como os locais adoram fazer piqueniques ali no verão. A vista dos telhados da cidade é inesquecível; dá pra ver os pináculos vermelhos aparecendo por toda parte.

Seguimos por ruas arborizadas até o Castelo de Praga. Ao passar por aqueles portões enormes, você se sente minúsculo. A Catedral de São Vito domina tudo — lá dentro, a luz do sol atravessa os vitrais e pinta o chão de pedra com cores vibrantes. Petr contou sobre a defenestração (vale pesquisar, é uma história e tanto), e eu senti o cheiro leve de incenso vindo de uma das capelas laterais.

Depois, descemos até o Mosteiro de Strahov para um outro mirante — esse mais tranquilo, com menos gente e uma brisa que traz um cheirinho de lúpulo da cervejaria ao lado. Tiramos umas fotos e seguimos para o centro histórico para o almoço. O pub tinha bancos de madeira e aqueles clássicos bolinhos tchecos que absorvem o molho perfeitamente. Também rolou uma degustação de cervejas — meu favorito foi a lager escura, quase com sabor de chocolate.

Mais tarde, passamos pela Casa Dançante — sério, parece que ela vai sair dançando pelo rio. Petr explicou que Frank Gehry projetou junto com Vlado Milunić; os locais a chamam de Fred & Ginger. Terminamos na Praça Jan Palach, onde estudantes tocavam violão sentados nos degraus do Rudolfinum. A última parada foi em Josefov — o antigo bairro judeu — onde ainda dá pra ver inscrições em hebraico em algumas portas, se você prestar atenção.