Nuwara Eliya: TukTuk, Cachoeiras, Plantações de Chá e Mercado Local

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Como é a experiência?

Com as mãos firmes nas laterais do tuk-tuk, subíamos uma estrada estreita nos arredores de Nuwara Eliya — nosso motorista, Saman, gritou algo sobre a “Cachoeira Ramboda”, mas eu estava hipnotizado vendo a luz do sol brincando entre os pés de chá. O ar tinha um cheiro fresco e verde, quase como hortelã. Quando finalmente paramos à beira da estrada, ouvi a água antes de vê-la. Saman sorriu e apontou para uma trilha. “Quer nadar?” perguntou. Hesitei (a água parecia gelada), mas mergulhei os pés — tão fria que acorda qualquer um. Crianças locais já brincavam e gritavam em cingalês.

Depois de secar numa pedra quente pelo sol (meus sapatos ainda molhados), fomos a uma dessas fábricas de chá — Blue Field, acho? O guia vestia um avental surrado e nos entregou folhas para amassar entre os dedos. É curioso como o chá fresco tem um cheiro totalmente diferente do que a gente compra em saquinhos — quase doce, com um toque terroso. Vimos mulheres com lenços coloridos colhendo as folhas no campo; elas riram quando tentei imitar (sou péssimo). Provar o chá pronto foi quase uma cerimônia — leve, com sabor de erva, nada a ver com o que tem no supermercado.

O tuk-tuk nos balançou de volta para a cidade, onde paramos rápido no antigo correio de tijolos vermelhos — construído por escoceses há muito tempo. Tinha uma pequena fila de pessoas enviando cartões postais; mandei um também, mesmo sem saber se vai chegar. Saman sugeriu o mercado ao lado para comprar frutas ou petiscos. O lugar estava cheio de barulho e cheiro de jaca e frituras — comprei algo pegajoso embrulhado em folha de bananeira (sem ideia do que era). Confesso que, naquele momento, minha cabeça girava com tantos sons e sabores novos. Ainda lembro daquele choque gelado na Cachoeira Ramboda, sabe?