Sigiriya e Dambulla: Passeio Privado com Motorista Local

5.00

(16 avaliações)

Como é a experiência?

Logo de cara, o que me chamou atenção foi o cheiro — não era incenso, mas algo mais forte, quase picante, vindo do templo hindu de Matale enquanto saíamos para tirar fotos. Nosso motorista, Suresh, sorriu quando perguntei sobre aquilo. “Especiarias”, disse ele, apontando para uma barraca onde alguém moía algo vermelho e dourado. Ficamos pouco tempo — só o suficiente para algumas fotos e para ver uma mulher com um sari colorido acender velas com um movimento rápido do pulso. Tentei imitar (sem sucesso), e ela riu de um jeito gentil que dizia “boa tentativa”.

Depois, paramos num jardim de especiarias. É meio turístico, claro — mas gostei de ver o guia amassando uma folha entre os dedos e oferecendo para cheirarmos. Canela, cardamomo... aquelas palavras que você vê nas embalagens de chá fizeram sentido de repente. Minhas mãos ficaram com cheiro de folha de curry por horas. A viagem até o Templo das Cavernas de Dambulla levou mais ou menos uma hora. Suresh colocou umas músicas antigas em cingalês no rádio e contou histórias sobre reis que esconderam tesouros nessas cavernas (ele jura que um ainda está por aí). As cavernas eram fresquinhas por dentro — literalmente — com estátuas antigas de Buda alinhadas na penumbra. Você ouvia seus próprios passos ecoando na pedra.

A Fortaleza de Sigiriya é... grande, mesmo. Eu já sabia, mas estar ali embaixo olhando para cima é outra coisa. A subida não é fácil se você tem medo de altura (como eu), mas tem vários pontos para parar, recuperar o fôlego ou fingir que está admirando a vista enquanto tenta não olhar para baixo. Suresh ficou esperando lá embaixo (“Já subi o suficiente para uma vida inteira”, brincou). No topo, o vento bagunçava meu cabelo e havia afrescos desbotados nas paredes — mulheres pintadas há séculos, que ainda parecem vigiar tudo. Fiquei ali mais tempo do que planejava.

Na volta para Kandy, o clima ficou tranquilo; cada um perdido nos próprios pensamentos ou talvez só cansado. Tem algo especial em ver tanta história concentrada num único dia que faz a gente se sentir pequeno, mas de um jeito bom. Se quiser um passeio para Sigiriya que seja mais pessoal (e com transporte do hotel para você não se preocupar com nada), esse é o ideal.