Antalya: Passeio pelo Centro Histórico, Barco e Cachoeiras Düden

4.51

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Como é a experiência?

Eu não sabia exatamente o que esperar do passeio pelo centro histórico de Antalya — só lembro de estar curioso e um pouco inquieto no lobby do hotel. Nosso guia, Serkan, chegou com um sorriso fácil e uma habilidade incrível de contar histórias em cada cantinho que passávamos. As pedras antigas de Kaleiçi pareciam quentinhas ao toque (sempre acabo encostando nas paredes, não consigo evitar), e ele mostrou uma pequena casa de chá onde o tio dele joga gamão todo domingo. O ritmo do passeio pela cidade era tranquilo, e dava pra sentir o cheiro do mar perto do Portão de Adriano — tinha alguém vendendo simit ali perto e, sinceramente, até hoje aquele aroma volta na minha memória.

O passeio de barco pela Marina de Antalya foi mais calmo do que eu esperava — nada de música alta, só o som da água batendo no casco e um pouco de pop turco vindo de outro barco. Por uma hora, navegamos pela costa, vendo as antigas muralhas da cidade passarem devagar. Famílias acenavam das varandas lá em cima. O almoço foi simples, mas gostoso: frango grelhado, arroz e aqueles tomatinhos doces que parecem estar em todo lugar por aqui. Se você fizer esse passeio de um dia saindo de Antalya, vai acabar ficando com fome; confia em mim, o almoço está incluso, mas as bebidas são à parte (aprendi isso depois de pedir dois Ayrans sem pensar).

Escolhi o pacote que inclui as Cachoeiras Düden Inferior e Superior — Serkan disse que, se você for no teleférico de Olympos, acaba pulando uma delas por causa do tempo. Na Düden Inferior, a água espirrava forte no meu rosto (meu celular até ficou com marcas d’água) e todo mundo tirava fotos, mas também ficava ali, em silêncio, só admirando. As cachoeiras superiores eram mais verdes, com pássaros voando e moradores fazendo piquenique em tapetes de plástico. Paramos numa loja de prata por uns 45 minutos; não é muito meu estilo, mas acabei comprando um amuleto Nazar pequenininho, vai que né? Ah, e a Li riu quando tentei falar “teşekkürler” — acho que arruinei a palavra.

Até hoje lembro daquele momento no mirante acima da Düden Inferior — a luz refletindo na névoa da água, as pessoas quietas olhando para o abismo. Sabe quando um lugar parece prender a respiração? Foi assim. Antalya não tem vergonha de mostrar suas camadas — pedras antigas, mercados movimentados, parques verdes escondidos entre vielas. O passeio acaba antes da gente querer; ou talvez seja só impressão minha.