Cappadocia: Vale dos Pombos, Cidade Subterrânea de Kaymakli e Tour pelos Vales

4.97

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Como é a experiência?

Quase perdi meu chapéu com o vento na crista acima do Vale dos Pombos—não esperava que fosse tão forte na Capadócia, para ser sincero. Nossa guia, Eda, só sorriu e apontou os amuletos do olho grego pendurados em uma árvore retorcida ali perto. Ela disse que os locais acreditam que eles afastam o azar, mas tenho certeza que também estão ali para gente como eu, que vive perdendo as coisas. A vista para o vale mostrava várias casinhas de pombos esculpidas na rocha, e se você prestasse atenção além da conversa do grupo, dava para ouvir o pio dos pássaros.

O passeio do dia foi rápido, mas nunca corrido. Depois, entramos na Cidade Subterrânea de Kaymakli—ar fresco e aquele cheiro de terra que só se sente lá embaixo. Em um momento, a Eda me passou sua lanterna (a luz do meu celular era fraca) e fomos nos esgueirando pelos túneis estreitos que os hititas usavam para se esconder dos invasores. Bati a cabeça duas vezes (se for alto, cuidado), mas estar ali embaixo fez a história parecer menos museu e mais algo vivo sob nossos pés.

O almoço foi num lugar simples e familiar—nada sofisticado, só sopa de lentilha e pão com um toque defumado do fogão a lenha. Depois, vimos um oleiro moldando barro em Avanos. Ele fazia parecer fácil até perguntar se alguém queria tentar; a Li, do nosso grupo, se arriscou e acabou toda suja de barro na calça. Todo mundo riu—até o velho oleiro sorriu e limpou as mãos no avental antes de mostrar como se faz de verdade.

Já no fim da tarde, caminhamos pelo Vale de Devrent, onde as pedras se transformam em formas de animais se você apertar os olhos (ou se estiver cansado). O sol bateu no Castelo de Uchisar naquele ângulo perfeito—dourado na pedra—e até hoje lembro dessa luz quando tudo está cinza lá em casa. Não consegui todas as fotos que queria, mas talvez tenha sido melhor assim.