Cat Ba: Trilha na Selva, Lagoa dos Sapos, Vila Viet Hai e Baía Lan Ha

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Como é a experiência?

“Você ouviu isso?” nosso guia Minh sussurrou, levantando o dedo enquanto estávamos na beira da floresta de Cat Ba. Achei que ele falava das cigarras—tão barulhentas que abafavam meus próprios pensamentos—mas então uma borboleta azul minúscula pousou na minha manga. O ar tinha um cheiro de verde, se é que isso faz sentido, como folhas molhadas e um toque de terra depois da chuva da noite anterior. Mal começamos a trilha e meus sapatos já estavam enlameados. Minh sorriu e disse que isso era um bom sinal.

A trilha serpenteava pela mata fechada por horas a fio (na verdade foram umas três, mas quem está contando quando você já está ensopado de suor). Na Lagoa dos Sapos, Minh explicou como as árvores crescem direto da água—raízes entrelaçadas como se estivessem de mãos dadas. Ele apontou uns caranguejinhos estranhos que eu nunca tinha visto antes. Tentei tirar foto, mas só saiu um borrão. O almoço na vila Viet Hai chegou na hora certa; arroz e peixe, nada sofisticado, mas sinceramente a melhor refeição que tive na semana. Algumas crianças locais riram da minha cara quando coloquei os pés na água para a “massagem dos peixinhos”—coçou muito mais do que eu esperava.

Depois do almoço, pedalamos por estradinhas de terra passando por hortas e galinhas soltas (uma quase me derrubou). O caminho até o porto de Viet Hai foi meio esburacado, mas divertido—minhas pernas já estavam bambas. Aí veio a parte do barco: a Baía Lan Ha é mais tranquila que Halong, mas igualmente linda, com penhascos de calcário por toda parte. Remar de caiaque pela vila de pescadores Cai Beo foi uma paz que eu não esperava; teve um momento em que tudo ficou silencioso, só o som dos remos e risadas distantes vindo de uma casa flutuante. Nadamos numa praiazinha antes de voltar—até hoje lembro daquela água gelada na pele.