Ha Long & Lan Ha Bay: Cruzeiro de 2 Dias com Caiaque e Vila Viet Hai

4.99

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Como é a experiência?

Ainda lembro da primeira vez que o motor do barco parou e tudo o que eu ouvia era o som suave da água batendo no casco. Acabávamos de deixar Tuan Chau para trás—Ha Long Bay estava movimentada como sempre, mas de repente mudamos de rota e tudo ficou mais silencioso. As ilhas de calcário pareciam quase irreais na névoa, como se alguém tivesse pintado elas em camadas. Nosso guia Minh me entregou uma bebida de boas-vindas (algo doce e tropical—manga, talvez?) e sorriu: “Esse é o caminho menos cheio.” Eu nem sabia o quanto precisava daquele silêncio até aquele momento.

O almoço já estava pronto quando embarcamos no Vega Legend—peixe fresco, arroz e algumas verduras crocantes. Perguntaram se alguém queria comida vegana; um casal da França acenou com a cabeça e o chef só sorriu e acenou com a concha. Depois disso, navegamos por lugares que Minh chamou de Lagoa do Sapo e Caverna Luz & Sombra (acho que ouvi errado um deles). O ar tinha cheiro de sal, mas também de verde, se é que isso faz sentido. Remamos por um tempo na Baía Lan Ha—meus braços ainda doem só de lembrar—e em um momento fiquei só flutuando, observando pequenas águas-vivas pulsando sob meu remo.

A manhã seguinte começou cedo—talvez cedo demais para mim—mas o barco auxiliar nos levou até a Ilha Cat Ba. As bicicletas nos esperavam no cais de Viet Hai, aquelas antigas com cestos e freios que rangem. O caminho até a vila era quase todo na sombra; dava para ouvir pássaros e, de vez em quando, um galo cantando longe. Paramos na casa de uma senhora que nos mostrou sua horta. Alguém tentou perguntar sobre as plantas de pimenta em vietnamita—Li riu quando tentei falar também (definitivamente estraguei a pronúncia). Tem algo em ver o dia a dia das pessoas que fica mais marcado do que qualquer vista de cartão-postal.

Depois do pedal de volta, fiquei um tempo deitado na cadeira do sol, deixando a camisa secar na brisa. Algumas pessoas pularam na água para nadar, mas eu estava feliz só respirando aquele espaço todo. O cruzeiro não foi nada do que eu esperava de Ha Long Bay—sem multidões se empurrando ou guias gritando com bandeiras. Só água, céu e aqueles pequenos momentos estranhos que voltam na memória de vez em quando.