Split: Tour a Pé pelo Palácio de Diocleciano e Segredos da Cidade Antiga

4.98

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Como é a experiência?

A primeira coisa que percebi foi o eco — sapatos batendo nas pedras antigas, vozes refletindo em paredes que testemunharam séculos. Nossa guia, Ana, nos chamou perto da estátua de bronze de Gregório de Nin (ela disse para esfregar o dedo do pé dele para dar sorte, e fizemos — está mais brilhante que o resto). O ar trazia um leve cheiro de mar misturado com algo doce vindo de uma padaria próxima. Não esperava rir tanto, mas Ana tinha histórias sobre imperadores e gatos de rua na mesma medida.

Entramos no Palácio de Diocleciano pela Porta Dourada. Não são só ruínas — pessoas realmente vivem e trabalham dentro dessas muralhas. Vi roupas penduradas entre janelas e um senhor discutindo animadamente com um vendedor de frutas na Praça das Frutas. Passeamos por arcos até a Praça do Peristilo, onde a luz do sol batia no mármore e tudo parecia dourado. Tentei imaginar os soldados romanos marchando por ali, mas confesso que era difícil não me distrair com a música de acordeão que vinha da orla da Riva.

A catedral já foi o mausoléu de Diocleciano — Ana mostrou como aquelas pedras são enormes de perto (brincou que hoje em dia você precisaria de mais que um café forte para construir algo assim). Nas subestruturas, o clima era fresco e silencioso, quase úmido; meus sapatos rangiam no chão. Teve momentos em que parei de ouvir e só fiquei olhando para o teto — às vezes é preciso deixar a história te envolver sem tentar entender cada detalhe.

Ainda lembro da sensação quando saímos para a Praça da República no final — céu aberto depois de tantas vielas estreitas, fachadas vermelhas brilhando na luz do fim da tarde. Não era perfeito nem arrumadinho; tinha uma criança correndo atrás de pombos e alguém chamando um amigo do outro lado da praça. Mas aquilo parecia vivo de um jeito que nenhum tour particular em Split consegue planejar. Então, se você quer silêncio ou tudo certinho, talvez esse não seja o passeio ideal.