Grand Canyon West e Hoover Dam: Passeio de Dia Inteiro saindo de Las Vegas

4.73

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Como é a experiência?

“Será que esse é mesmo o Rio Colorado lá embaixo?” Foi o que soltei assim que pisamos na Ponte Pat Tillman — a 900 pés de altura, com o vento batendo e as mãos suando, mesmo eu não tendo medo de altura. Nosso guia, Mike, só sorriu e apontou como a luz da manhã fazia a Hoover Dam parecer que estava brilhando. Eu sentia o cheiro da pedra quente pelo sol e algo doce vindo dos lanchinhos que eu tinha na mochila (queijo e um muffin — melhor do que eu esperava). Cruzamos a barragem, de Nevada para Arizona, o que é meio surreal quando você para pra pensar. Em um momento, paramos para observar umas ovelhas selvagens pastando ali perto; Mike brincou que elas são “moradoras locais sem noção de tempo”.

A viagem até o Grand Canyon West foi longa, mas daquele jeito bom, em que você só fica olhando o deserto sem fim e deixa a mente viajar. Passando Dolan Springs, entramos numa floresta de Joshua Trees com 900 anos — nunca tinha visto nada igual. As árvores parecem coisa de livro do Dr. Seuss. O cheiro seco e empoeirado entrava pela janela aberta, misturado com protetor solar e uma energia meio nervosa, porque dava pra sentir que estávamos chegando.

Não esperava que o almoço fosse tão... tranquilo? Comemos ali na beira do penhasco, no Eagle Point — sanduíches e batata chips, nada sofisticado, mas perfeito com aquela vista na frente. As cores do cânion mudam a cada minuto; às vezes ficam mais vermelhas, outras quase roxas se você apertar os olhos. Alguns fizeram a Skywalk (eu não — chão de vidro não é pra mim), mas depois fomos todos para o Guano Point. Lá tem um silêncio que entra na pele. Mesmo com turistas por perto, o lugar parece enorme e ao mesmo tempo só seu.

Na volta para Vegas, o grupo estava mais quieto — cansado, mas de um jeito que não era só fome satisfeita. Mike distribuiu garrafinhas de água gelada e contou histórias dos trabalhadores da barragem e das tempestades do deserto. Até hoje penso naquele momento em cima do rio, me sentindo pequeno, mas estranhamente feliz por estar exatamente ali.