New Orleans Garden District: Tour a Pé pelas Mansões de Celebridades

4.91

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Como é a experiência?

Confesso que imaginei o Garden District só com casas bonitas e árvores, mas o que me chamou atenção primeiro foi o silêncio — parecia que o ritmo da cidade desacelerava ali. Nosso guia, Marcus, nos chamou perto de um portão rangente e começou a contar sobre a antiga casa da Anne Rice. Ele falou que dava para reconhecer as casas dos “ricos de primeira viagem” americanos pelo exagero nas colunas e cores. Sempre que uma brisa soprava, eu sentia aquele perfume doce de magnólia no ar, que me fazia querer ficar mais tempo caminhando por aquelas calçadas desgastadas do que o normal.

Passamos pela casa do John Goodman (dizem que ele é simpático se você o encontrar na rua — mas a gente não teve sorte), e o Marcus mostrou onde a Sandra Bullock às vezes fica. Teve um momento em que paramos sob um enorme carvalho vivo, com galhos entrelaçados como braços acima da gente. Ele contou como os americanos construíram suas mansões para ofuscar o pessoal do French Quarter do outro lado da cidade — é engraçado pensar em quanta rivalidade cabe na arquitetura. Alguém do grupo tentou pronunciar “Crepe Myrtle” como um local e arrancou risada de uma vizinha mais velha que passeava com o cachorro. No fim, o passeio parecia menos um tour e mais um rolê com alguém que cresceu naquela região.

Não esperava me sentir tão curioso espiando aquelas varandas e jardins, mas ninguém parecia se importar. O ar tinha aquele cheiro pegajoso e doce que só aparece depois da chuva em New Orleans, mesmo sem chover naquele dia. Às vezes o Marcus pausava no meio da história porque um bonde passava barulhento ou uma criança gritava atrás daqueles portões de ferro. Tem algo especial em ver a história ainda viva — fica com você muito depois de sair dali, sabe?