Rogue River: Rafting em Águas Bravas com Almoço e Traslado

4.98

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Como é a experiência?

A primeira splash bateu direto no meu rosto — mais gelada do que eu esperava, mas, sinceramente, foi revigorante. A gente já estava todo amontoado no bote, ali perto de Ashland, capacete meio torto, e o guia (acho que o nome dele era Jesse?) sorria como se já soubesse o que vinha pela frente. O rio tinha um cheiro fresco e forte — meio pinho, misturado com pedras aquecidas pelo sol. Lá no alto dava pra ouvir uns pássaros, mas o som que dominava mesmo era a água batendo nas laterais e as piadas nervosas de todo mundo sobre cair no rio.

Eu ficava esperando a calmaria chegar, mas o Rogue River não deixa ninguém sossegado. O Jesse apontou um gavião-pescador voando lá em cima — mal consegui ver porque já estávamos pulando outra corredeira. Ele contou uma história sobre garimpeiros locais (peguei só metade porque meu primo gritou bem na hora) e depois soltou uma piada que até meu pai riu. Tem uma mistura estranha de adrenalina com aquele sentimento de estar ali junto. Minhas mãos estavam dormentes quando paramos para o almoço numa margem rochosa, mas morder aquele sanduíche com água do rio escorrendo no queixo — foi o melhor lanche que já fiz na vida.

Depois do almoço, voltamos para o bote e eu comecei a relaxar um pouco. O sol apareceu mais forte e dava pra ver uns pedaços de verde vibrante na margem, onde às vezes aparecem cervos (não vimos nenhum, mas o Jesse jurava que eles estavam por ali). No fim, ninguém se importava com os sapatos molhados ou o cabelo bagunçado — estávamos cansados, mas de um jeito bom. A volta para Ashland foi silenciosa, só alguém cantarolando baixinho. Ainda penso naquela splash gelada do começo; ela meio que desperta a gente para o quanto tudo aqui está vivo.