Chianti: Degustação em 2 Vinícolas e Almoço com Dario Cecchini

4.99

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Como é a experiência?

“Você não vai embora sem provar isso,” nosso guia sorriu, servindo a primeira taça numa mesa ao sol, do lado de fora da vinícola. Eu sentia um cheiro de alecrim no ar — talvez vindo das moitas selvagens? A viagem ao sul de Florença foi um desfile de colinas verdes suaves e aqueles ciprestes fininhos que a gente só vê em cartão-postal, mas estar lá faz toda a diferença. Nosso grupo era pequeno — no máximo oito pessoas — então parecia mais uma road trip com amigos novos do que um passeio turístico. Nunca tinha entendido direito o que era “terroir” até ficar entre as videiras e sentir a diferença entre Chianti e Chianti Classico, girando a taça enquanto o guia explicava, com paciência, por que o solo faz tanta diferença.

A segunda vinícola era mais tranquila, quase sonolenta. Um cachorro veio cheirar meus tênis enquanto experimentávamos um azeite que fazia minha garganta formigar (no melhor sentido). Alguém perguntou se o vinho sempre era melhor na Toscana ou se era só impressão nossa — o guia riu e disse: “Talvez os dois.” E aí veio o almoço na casa do Dario Cecchini. Não sei bem o que eu esperava, mas não era aquilo: mesas grandes, risadas ecoando nas paredes de pedra, pratos de bife que pareciam saídos de uma pintura antiga. O próprio Dario apareceu por um instante, falando alto em italiano — todo mundo aplaudiu. Acho que comi demais, mas, sinceramente? Sem arrependimentos.

Terminamos com uma caminhada lenta por uma vila minúscula ali perto. O ar cheirava a fumaça de lenha e pão fresco. Fiquei pensando em quantas histórias aquelas colinas devem guardar. No caminho de volta a Florença, cansado e satisfeito, percebi que já fazia horas que eu não olhava o celular. Tem algo no Chianti que faz você querer simplesmente estar ali — sem pressa, sem planos, nem muita conversa. Só que até hoje não consigo pronunciar direito metade dos vinhos.