Roma: Aula de Pizza, Massa e Vinho em Jardim Tranquilo

4.64

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Como é a experiência?

“Se a massa grudar nos seus dedos, é sinal que você está amando demais,” brincou o Chef Giuseppe enquanto polvilhava farinha nas minhas mãos. Nunca tinha feito pizza do zero antes — e muito menos com um chef romano observando (e tirando um sarro leve da minha técnica). A aula começou depois que nos buscaram no metrô Laurentina; a viagem foi rápida, mas já me deixou com água na boca. A cozinha ficava num jardim calmo, com o som das cigarras ao fundo e o cheiro de lenha queimando no forno. Não parecia uma aula, e sim uma reunião de família onde todo mundo pode errar a primeira massa.

Trabalhamos com três tipos de massa — massa com ovos, massa só com água e pizza. Eu me confundia toda com qual farinha usar (Giuseppe me pegou mais de uma vez), mas ninguém se importava. Tinha gente de vários lugares — um casal da Espanha, um viajante solo que mal falava inglês, mas se comunicava perfeitamente na hora de sovar a massa. Enquanto moldávamos cavatelli e fettuccine alla chitarra, nosso guia Marco contou histórias da avó dele fazendo esses mesmos formatos à mão. Ele riu quando tentei falar “fettuccine” do jeito romano — até hoje não consigo acertar.

A melhor parte? Comer tudo ali mesmo, debaixo das parreiras do jardim, com garrafas de vinho tinto e branco da própria vinha passando de mão em mão como se fosse água. O sol foi baixando enquanto jantávamos — minha massa da pizza não ficou perfeita, mas juro que ficou até mais gostosa assim. O tiramisù veio por último (limpei o prato até o fim), seguido de um copinho de limoncello que queimou na medida certa pra arrancar um sorriso. Voltamos para casa cheios e levemente alegres, com as receitas prometidas por e-mail — embora eu duvide que minha massa fique igual àquela tarde em Roma.